sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

IGUALDADE DE GÉNERO — "ELO"

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A igualdade de género é um problema moderno e incontornável que, se não for bem resolvido em toda as suas vertentes, pode pôr em perigo a civilização ocidental, quiçá, o futuro da Humanidade — com maiúscula para que as mulheres não fiquem de fora.
O machismo infiltrou-se, com deslealdade e ao longo de séculos, na Sociedade — com maiúscula para que as mulheres não fiquem de fora — e quase a destruía, não fossem os esforços abnegados de gente como a Dr.ª Isabel Moreira e seus pares, que têm dado o seu melhor para colocar as coisas como elas devem estar colocadas. 

É que a desigualdade de género está camuflada onde menos se espera, capaz de pregar a partida à menos atenta. Vejam lá que nem as línguas escapam!
Por exemplo, nos pronomes pessoais, em português, há "eu", "tu", "nós" e "vós", com igualdade de género e muito bem. Mas há também essa coisa repelente de "ele" e "ela", e "eles" e "elas". Não está bem!
Dizer "ela" e "elas" devia ser proibido. Tanta trapalhada com o Acordo Ortográfico para, por exemplo, tirar o "c" ao facto, que não tem interesse nenhum e até era palavra simpática por não haver "facto" e "facta", e deixam impunes o "ele" e o "ela", o "eles" e o "elas"! Terá sido falta de lembrança no momento, mas já devia ter sido corrigido.
Por exemplo, na língua de Shakespeare, há o "they" que serve para mulheres e homens, embora ainda haja a fragilidade do "he" e do "she" que são resquícios da era pré Drª Isabel Moreira.
Confesso que não tenho cultura, nem preparação, para sequer tentar resolver esta aberração gramatical. Já pensei em usar "elo", em vez de "ele" e "ela", e "elos", em vez de "eles" e "elas", mas não sei se o Bloco de Esquerda achará bem — um problema para tratar numa comissão parlamentar; talvez.

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