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[…] Marcelo Rebelo de Sousa pede que não se “berre” sobre o apoio aos portugueses na Venezuela. Talvez tenha sido pelo “berre”. Afinal há palavras de que gostamos e outras não. E claramente eu não gosto de “berre”. Ou talvez tenha sido por causa dos calções, mais a toalhinha de banho, a cabecinha dentro de água e aquela mania de comentar assuntos de Estado quando vem a sair da água. Nós, os que não nos candidatámos à Presidência da República, quando saímos do banho falamos do almoço, do caminho para casa e doutras trivialidades. Vossa Excelência, que transforma numa trivialidade os assuntos mais sérios do país, ao primeiro microfone que entrevê, ainda com a água a escorrer-lhe entre o cabelo e o pescoço, dá dois dedos de conversa sobre a beleza da paisagem, e o desemprego; a temperatura da água e as Forças Armadas… Seja pelo desconchavo da situação, seja porque Portugal é um país a viver sob o Síndrome da Vergonha Alheia, faz-se de conta que tudo isto é normal. […]
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Helena Matos in “Observador”
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Já em tempos, a propósito dos banhos de Marcelo na Praia dos Pescadores em Cascais, falei sobre isto e salientei que o Presidente, apesar destas cenas ridículas e infelizes do meu ponto de vista, vem fazendo um bom mandato e não é um pateta, como às vezes parece, nas coisas que faz e atitudes que toma. Mas, valha-me o Supremo Timoneiro do Universo, podia evitar tanto comportamento popularucho, tomando mais banhos na banheira lá de casa e menos em lugares públicos, até porque a sua braçada de crawl mais parece uma criança a gatinhar.
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Eh, Eh, Eh...
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