sábado, 1 de setembro de 2018

XIKU LOU SÁ-un

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[…] Mas este Louçã que foi colocado no Banco de Portugal por Mário Centeno é o mesmo que dizia que o ministro das Finanças «tem demonstrado bastante vulnerabilidade às pressões externas»? Será o mesmo que dizia que «creio que este governador [Carlos Costa] demonstrou uma impreparação técnica, uma vulnerabilidade a pressões externas e uma incapacidade de consolidar o sistema bancário com o sistema de confiança para os depositantes que o torna um perigo para Portugal?». Sim, é ele mesmo, que está agora sentado ao lado de Carlos Costa. É o artista que desanca nos ex-camaradas que seguem outro caminho e de quem dizia que sonhavam com um lugar de secretário de Estado de um Governo de António Costa.
Louçã, também o sabemos, sonha com o dia em que os capitalistas serão enviados para um campo de concentração e que o aparelho do Estado dominado pelas suas cores possa instaurar uma verdadeira democracia à semelhança da de Nicolás Maduro ou de Daniel Ortega.
O que separa o jornalismo de sarjeta de Francisco Louçã é que o jornal aceita todas as formas de pensamento, sejam de esquerda ou de direita, que questiona os negócios entre políticos e o Estado, independentemente de serem de esquerda ou de direita, e que defende uma verdadeira democracia, onde cada pessoa tem direito a um voto. Louçã, pelo contrário, sonha com um país a uma só voz, onde terá seguramente um lugar de relevo, e onde os jornais não poderão investigar as tais promiscuidades entre o Estado e os políticos. Quem não se lembra de como Louçã defendeu Robles para depois enfiar a viola no saco? Louçã devia olhar para o seu passado de trotskista quando fala de sarjeta.

Vitor Rainho in “SOL”

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