[...] Trocando por uma linguagem simples, o que o relatório do Banco de Portugal vem dizer sobre Portugal, é o equivalente hipotético de um cidadão normal, que tem dívida de crédito habitação e carro, ver o seu salário aumentar temporariamente e em vez de pagar ou reduzir as dívidas que tem, esta pessoa dedica-se a gastar o seu novo salário e ainda contrai novas dívidas. Escusado será dizer que, caso os rendimentos diminuam por qualquer motivo (como a ocorrência de uma crise), rapidamente deixará de poder pagar as suas dívidas (novas e antigas) e entrará numa situação de insolvência. O que o Banco de Portugal nos veio dizer, com uma linguagem mais complexa e técnica, é que Portugal está exactamente na mesma situação… [...]
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João Paulo Gonçalves in "Público"
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