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A Neurociência conheceu formidáveis avanços nos últimos 50 anos graças, em grande parte, ao progresso tecnológico nos métodos de investigação, particularmente da biologia molecular, da computação e da neuro-imagiologia. Prevê-se, por isso, enorme progresso no futuro próximo, embora fruto de trabalho ciclópico.
Foram três os desafios assumidos
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1 - Como funciona o cérebro e produz a actividade mental? Como é que a actividade física no cérebro dá origem ao pensamento, à emoção e ao comportamento?
2 - Como é que a interacção entre biologia e experiência configura os nossos cérebros e faz de nós o que somos?
3 - Como conservar o nosso cérebro saudável? Como proteger, recuperar, ou aumentar o seu funcionamento durante o envelhecimento?
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Tal como um dos participantes disse, há mais neurónios no cérebro (neurónio é a célula constituinte do sistema nervoso) que estrelas na galáxia e estabelecemos mais de um milhão de conexões novas entre eles durante um dia.
O método clássico consiste em observar comportamentos, localizar os neurónios envolvidos, identificar as conectividades estabelecidas entre eles e, então, excitar neurónios individuais para compreender o seu papel no comportamento. Mas, quando se vai das esponjas e das anémonas para os primatas e para o homem, cada passo é muito mais complicado. Considerando os avanços registados nos últimos anos e a melhoria progressiva das técnicas de investigação, a esperança é grande. A Neurociência afigura-se como a área do conhecimento que mais vai influenciar a vida do homem neste Século e nos seguintes. Maior conhecimento dos fenómenos normais da mente, melhor compreensão do que corre mal, quando corre mal, progresso da neuro-farmacologia e, eventualmente, uso de células estaminais, vão melhorar o tipo de vida daqueles que cá andam e andarão. Esta noção, de forma que nos deixa perplexos, não é passada nos media, mais deslumbrados com o progresso da Física e das tecnologias dela decorrentes do que com o bem estar do que de mais importante o homem tem que é a sua máquina de pensar.
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