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As naves espaciais construídas pelo homem que se encontram mais longe de nós são a Voyager 1 e a Voyager 2, lançadas em Agosto e Setembro de 1977, há 40 anos. Apesar da distância, continuam em contacto diário com a Terra. Transportam informação variada sobre nós, Homo sapiens: sons, imagens e mensagens — dado que durarão milhares de milhões de anos, podem um dia ser o único vestígio da nossa civilização.
A Voyager 1 foi a única nave a entrar no espaço interestelar, fora do Sistema Solar. A Voyager 2 foi a única a navegar pelos planetas Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.
A primeira, agora a 21 mil milhões de quilómetros da Terra, navega no espaço para Norte do plano dos planetas. A Voyager 2, a quase 18 mil milhões de quilómetros, viaja para Sul e entrará no espaço interestelar dentro de poucos anos.
A diferente localização das naves permite aos cientistas comparar duas regiões do espaço onde a heliosfera interage com o espaço fora do Sistema Solar. Depois da Voyager 2 entrar no espaço interestelar, será possível investigar diferenças em duas áreas tão distantes.
Ninguém pensava, há 40 anos, que alguma coisa estivesse ainda a funcionar hoje. Surpreendentemente, está! Cada uma das naves tem três geradores termo-eléctricos de radio-isótopos que usam o calor libertado por decay, ou decaimento, de plutónio 238 — dentro de 88 anos, só metade do combustível estará gasto.
O espaço onde navegam as naves está quase vazio, de modo que o risco de colisão é muito pequeno, embora no espaço da Voyager 1 haja nuvens de restos de estrelas que explodiram em supernovas há milhões de anos. Nada de muito inquietante. Mas para termos uma ideia do descrito em cima, preciso mesmo era uma prosa de Eça, ou Ramalho.
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terça-feira, 1 de agosto de 2017
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Em 40 anos a mediocridade alastrou pelo mundo inteiro e domina a política e a vida das pessoas.
ResponderEliminarO que vale é que havia, e ainda há, homens que vão redesenhando o futuro e construindo coisas extraordinárias, como as sondas espaciais, os telescópios e os aceleradores de partículas. Haja esperança, apesar de tudo...
Estou completamente de acordo, sobretudo quando diz que ainda há homens (e mulheres) capazes. É verdade. São a nossa esperança e motivo de optimismo.
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