Espaço e tempo são, provavelmente, os dois conceitos que mais ocupam a mente de filósofos, físicos e, de uma maneira geral, a de todos os que se aproximam, mesmo que timidamente, da Ciência. O espaço e o tempo são a arena da realidade, o que os cientistas chamam o tecido do cosmos. Tudo o que fazemos, experimentamos e pensamos tem lugar num qualquer lugar do espaço, durante certo espaço de tempo.
Não obstante, a Ciência continua a trabalhar para perceber o que é isso do espaço e do tempo. São entidades físicas, ou simples ideias úteis? E, se são reais, são fundamentais, ou primárias, ou decorrem de outros constituintes básicos, ou seja, são secundárias? O que significa espaço vazio? Tem, ou teve, o tempo um princípio? É uma "seta" correndo sempre do passado para o futuro, como a experiência sugere? Podem, espaço e tempo, ser manipulados?
Isto leva a outra questão, directamente relacionada com as anteriores: O que é a realidade? A verdade é que só temos acesso à experiência interior transmitida pelos nossos sentidos e não sabemos quanto, e de que forma, isso corresponde à realidade. Filósofos, escritores, cineastas, artistas plásticos e um ror de outra gente têm-nos dado múltiplas versões de mundos artificiais — é o nosso também, e só, um deles?
Os físicos, têm consciência disso. Continuam a observar como se comporta e evolui a matéria no palco do espaço e do tempo, com a noção de que o desempenho pode ter pouco a ver com a realidade, se é que tem algum. Afinal, a observação é o seu único recurso de informação.
Estas questões já existiam, tanto no tempo de Aristóteles e Galileu, como no de Newton e Einstein e muitos outros investigadores da História. Hoje estamos na mesma estaca e assim havemos de continuar, segundo parece. Mas o que parece nem sempre é.
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Adaptado do livro THE FABRIC OF THE COSMOS, de Brian Greene - Kindle ($14,08)
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