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Dario, Rei da Pérsia, quando tinha gregos de passagem na corte, perguntava-lhes por quanto dinheiro seriam eles capazes de comer os cadáveres dos pais. A resposta era sempre a mesma: por nenhum dinheiro do mundo!Mais tarde, na presença de gregos, perguntou a indianos de uma tribo chamada das Callatias — que comiam de facto os cadáveres dos pais — por quanto dinheiro os queimariam (costume dos gregos), ao que respondiam com gritos de horror, pedindo-lhe que não falasse sequer nisso.
O historiador grego Heródoto, que conta esta conversa, cita o poeta Píndaro quando este dizia: "O costume é rei de tudo". E acrescentava: "Não existe maneira de dizer que um lado está certo e o outro errado — não há resposta certa. Cada grupo tem o seu código de costumes".
Situações como esta podem dar pano para meses de discussão e conversa; mas, em boa verdade, será discussão e conversa infinita, inútil, estéril e inconclusiva. O mais sensato parece ser o poeta Píndaro cuja perspectiva, em termos práticos, pode ser útil em muitas situações da vida.
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