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"Clube de Destruição", "Sala de Raiva", "Salão da Ira" e outras pessegadas similares não são coisas inventadas por mim. Constituem respeitáveis firmas nos Estados Unidos, algumas com filiais em Budapeste, Singapura, Austrália e Inglaterra; se calha, em Portugal — isso não sei. Funcionam habitualmente em caves blindadas e são locais onde o cidadão — e a cidadã, naturalmente —, mediante o pagamento de uma "corrida", ou de uma "quota" (isso também não sei) pode ir destruir, vandalamente, coisas variadas à martelada, à cacetada, à marrada, à cachaporrada, à cabeçada, rebabá, sejam aparelhos electrodomésticos, penicos das Caldas, pinturas artísticas, livros de José Saramago, bustos de Donald Trump, efígies de Kim Jong-un, de Hillary Clinton e por aí fora. Bater até o braço doer e a fúria morrer.
Acho a ideia genial e não conheço melhor solução para resolver alguns estados de alma. Por exemplo, pegar numa fotografia ampliada do Director de Comunicação do Sporting, devidamente emoldurada em caixilho de talha, e ir lá todos os dias dar-lhe um ponto cirúrgico de sutura no orifício bucal, repetindo a operação até se esgotar um quilómetro de fio. Talvez o queixinhas não se cale, mas alivia.
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