Tudo, ou quase tudo, tem explicação na natureza, especialmente o que diz respeito à vida em geral. Por exemplo, o pica-pau. Já viram a estupidez aparente que é uma ave picar nos troncos e ramos secos das árvores, a um ritmo alucinante, o que exige músculos cervicais potentes e especializados e uma organização própria do crânio e do encéfalo para este não ficar traumatizado, reduzido a puré? Para que serve aquela estupidez que, em boa verdade, é o que é, ou parece?
Estudos recentes revelam que o ritual é uma forma de comunicação com várias finalidades, incluindo sobretudo o acasalamento. As diterentes espécies, ou raças — ou o que quer que seja — de pica-paus têm ritmos diferentes e dentro de cada uma há variações individuais. Em cada raça os pica-paus reconhecem os seus iguais e, dentro destes, até algumas características individuais importantes para a escolha do acasalamento. Isto é, aquela pessegada do toque-toque não é uma enorme estupidez, mas antes uma serenata. Ó égua!
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