segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A CRISE DA MEIA-IDADE

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A felicidade e o bem-estar evoluem na espécie humana ao longo da vida segundo uma curva em U. São maiores na juventude e início da idade adulta, diminuem na meia-idade e voltam a crescer na velhice. O fenómeno tem sido atribuído a factores sociais e económicos, mas parece que não será assim.
Um estudo publicado nos "Proceedings of the National Academy of Sciences" dos Estados Unidos, da autoria de investigadores da Universidade da Califórnia, observando o comportamento de 508 grandes símios, chimpanzés e orangotangos nossos primos, mostra que têm evolução semelhante à nossa—em U. Tal evolução—com a crise da meia-idade—será provavelmente condicionada por factores biológicos, nomeadamente hormonais, e não sociais ou económicos. Cada vez com mais frequência surgem factos que atestam a nossa origem comum. Resta saber quem teve mais sorte: se nós, com a extraordinária capacidade mental que temos e nos permitiu modificar o ambiente e a sociedade como modificámos, se os símios que vivem tranquilamente sem a crise do euro, sem austeridade, sem parlamentos, sem políticos.

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