segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A ASCENSÃO DE ASCENSO

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Um tal de Ascenso Simões, dos homens mais conhecidos na rua dele, se não mesmo o mais conhecido, escreveu uma carta a Cavaco Silva. E que diz Ascenso? Ascenso chama a atenção do Presidente para o grave erro in procedendo de não incluir o Zezito na lista dos contemplados com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.
Mas Ascenso vai mais longe e informa o Presidente que muitos portugueses começam a questionar-se sobre as razões para que o Zezito seja excluído da lista de condecorados. Por isso, a notícia faz capa nos jornais. É, na realidade uma grande injustiça, digo eunas ruas não se fala de outra coisa.
Segundo o epistológrafo em apreço, terá sido a "necessidade de aceitar a implicação exterior em decisões que só ao país deveriam dizer respeito", quando era Primeiro-Ministro do Reino, que leva Cavaco à "negação de um gesto simples de condecoração". 
Ascenso, embora brilhante, é prolixo e receio que algum leitor não acompanhe o seu argumentário, lesto como gazela. O que Ascenso quer dizer mesmo é que o Zezito só nos arruinou a todos—a ele não!—e deixou Portugal humilhado e às ordens da troika. Apenas isso. E como foi só isso, não há razão para Cavaco não ter o gesto singelo de lhe pendurar ao pescoço, não a corda que merecia, mas um penduricalho que poucos portugueses ainda não têm.
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