O Sporting perdeu na Alemanha na sequência de uma grande penalidade marcada no fim do jogo. Foi o árbitro que estava junto à baliza que assinalou a falta. Diz-se que nem sequer houve falta. Se foi assim, está mal.
A ideia dos árbitros "de baliza" foi de
Platini. Com uma cabeça daquelas, a ideia só podia sair dele. Podia ter sido
pior—por exemplo, pôr lá um rafeiro a farejar a mão do putativo jogador
faltoso para verificar se cheira a bola. O controlo com meios electrónicos não agrada a
Platini, nem a Blatter, nem à UEFA, nem à FIFA. Porque será? Está mesmo a
ver-se, não está?
Paradoxalmente, estou de acordo com Platini. Que será do
futebol quando não houver penáltis "carecas" assinalados no último
minuto do prolongamento, expulsões injustificadas, foras-de-jogo inenarráveis?
De que falarão os jornais no dia seguinte? Que se dirá no café? Que se comentará
no emprego?
E os programas de TV que preenchem horas infinitas a
mastigar esses casos, os fenómenos da
"fruta" e a "verdade do jogo"?
Em minha opinião, acabam com o futebol se aperfeiçoam o
sistema. O futebol "respira" sistema. O sistema é o oxigénio do futebol. Os árbitros "de baliza" deviam ir dar uma volta ao bilhar
grande e, idealmente, o jogo seria arbitrado apenas por uma personalidade: O
ÁRBITRO—mais nada.
Já viram a margem que isso dava? E era quase um regresso
às origens. E digo quase porque inicialmente, na Inglaterra, nem havia árbitro,
nem regras, nem rei, nem roque. Foi assim que o futebol merdou—e bem!
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