Para resumir o comunismo,
podemos usar uma expressão muito espanhola: es muy bueno, pero no funciona.
Cuba é um caso típico.
Até à queda da União
Soviética, era uma espécie de brinquedo da União, que sustentava aquele pequeno
quintal com 5 a 6 mil milhões de dólares por ano para servir ao mundo de
exemplo do paraíso comunista. O paraíso era uma trampa, só com fachada, mas ia
sobrevivendo. Depois o Império Soviético finou-se em 1991, a teta secou e a
fominha medrou. Foram duros tempos, a que os papagaios do regime chamaram o "Período
Especial"; na realidade a demonstração prática da falta de eficácia da
doutrina.
Depois veio a Revolução
Bolivariana de Chávez e nova teta começou a aleitar os castristas. Cuba
exportava para a Venezuela médicos, treinadores desportivos, serviços de
segurança, treino militar e coisas do género e recebia em petróleo e outros
bens: durante uma década terá sido contemplada com mais de 36 mil milhões de
dólares de Chávez.
Entretanto, o Petróleo da Venezuela—e
agora de outros lados—já não é o que era e Cuba tem noites de pesadelo a recordar
o "Período Especial". A teoria é bonita, mas na prática é outra e não
enche barriga. Bom mesmo eram uns turistas americanos, para quem se podia
arranjar uns "programas" menos "convencionais"; remessas de
cubanos a trabalhar na Terra do Tio Sam; alguns investimentos capitalistas; e
comércio—óptimo seria se a América comprasse açúcar, tabaco, eventualmente
importasse umas tantas prostitutas disponíveis e voluntárias.
Por seu turno, os americanos—com
consciência de tantas sacanices praticadas—também precisam de um resurfacing para
efeitos de imagem no resto das Américas e para captar votos de hispânicos nos
Estados Unidos. Digamos que a ocasião é única para juntar o útil ao útil. América
e Cuba vão celebrar matrimónio e vão ser muito felizes. O namoro foi como descrevi.
E a retórica política?
Retórica política???!!!...
Esquece. CAGA NISSO...
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