quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

NA PRÁTICA A TEORIA É OUTRA

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Para resumir o comunismo, podemos usar uma expressão muito espanhola: es muy bueno, pero no funciona. Cuba é um caso típico.
Até à queda da União Soviética, era uma espécie de brinquedo da União, que sustentava aquele pequeno quintal com 5 a 6 mil milhões de dólares por ano para servir ao mundo de exemplo do paraíso comunista. O paraíso era uma trampa, só com fachada, mas ia sobrevivendo. Depois o Império Soviético finou-se em 1991, a teta secou e a fominha medrou. Foram duros tempos, a que os papagaios do regime chamaram o "Período Especial"; na realidade a demonstração prática da falta de eficácia da doutrina.
Depois veio a Revolução Bolivariana de Chávez e nova teta começou a aleitar os castristas. Cuba exportava para a Venezuela médicos, treinadores desportivos, serviços de segurança, treino militar e coisas do género e recebia em petróleo e outros bens: durante uma década terá sido contemplada com mais de 36 mil milhões de dólares de Chávez.
Entretanto, o Petróleo da Venezuela—e agora de outros lados—já não é o que era e Cuba tem noites de pesadelo a recordar o "Período Especial". A teoria é bonita, mas na prática é outra e não enche barriga. Bom mesmo eram uns turistas americanos, para quem se podia arranjar uns "programas" menos "convencionais"; remessas de cubanos a trabalhar na Terra do Tio Sam; alguns investimentos capitalistas; e comércio—óptimo seria se a América comprasse açúcar, tabaco, eventualmente importasse umas tantas prostitutas disponíveis e voluntárias.
Por seu turno, os americanos—com consciência de tantas sacanices praticadas—também precisam de um resurfacing para efeitos de imagem no resto das Américas e para captar votos de hispânicos nos Estados Unidos. Digamos que a ocasião é única para juntar o útil ao útil. América e Cuba vão celebrar matrimónio e vão ser muito felizes. O namoro foi como descrevi.
E a retórica política? 
Retórica política???!!!... 
Esquece. CAGA NISSO...
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