Há dias, António Costa
comparou a TAP às caravelas dos descobrimentos. Grande arrincanço! Bitaite histórico-patriótico; coisa de iluminado, não fosse o ridículo
da situação.
A privatização da TAP devia
ser evitada—se fosse possível—é minha opinião. Infelizmente, dadas as regras europeias,
o comportamento dos sindicatos e a situação calamitosa em que o Zezito deixou o
País—coisa muito mais grave que as trafulhices—tal parece não ser
possível e Costa sabe isso.
Por outro lado, em 2001,
Jorge Coelho, correligionário e colega de governo de Costa, falava em
privatizar a TAP nesse ano. Teixeira dos Santos e o Zezito previram privatizar
a companhia em 2010 e, no decantado PEC 4, lá estava ela. Que me lembre, nessa
altura a TAP não era igual às caravelas de quinhentos e Costa, que apoiava esse
Governo (não sei se ainda apoia), não abriu a boca.
Agora, eructa bocas históricas
com voz grossa porque não tem nada na cabeça—do lado de dentro, acrescente-se—e,
como está em campanha eleitoral e julga que somos parvos, faz demagogia igual á
de Jerónimo de quem pouco se distingue em matéria de cabeça—do lado de dentro.
Só que Jerónimo é coerente e Costa é um troca-tintas. Perguntem ao Tozé.
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