As últimas eleições na Grã-Bretanha não deram vitória absoluta a ninguém, nem aos conservadores que tiveram mais alguns votos. Na realidade, os ingleses disseram simplesmente que os actuais conservadores e trabalhistas não prestam e ponto final.
O bipartidarismo é uma tradição fortíssima na Inglaterra e naquela terra nada é fácil mudar — desde a monarquia até ao bife mal passado. Mas a tradição política não pode continuar assim — um novo partido é preciso urgentemente. E se ele aparecer e tiver à frente pessoas credíveis — a milhas de May, Boris Johnson, Corbyn e companhia ilimitada — vai ter pernas para andar. Neste momento, grande parte dos súbditos de Sua Majestade votam com a mão no nariz e os olhos fechados.
Inesperadamente, na imprensa inglesa começam a aparecer peças a falar com algum entusiasmo da França, quase a insinuar que o jovem Macron era do que a Inglaterra precisava. Para quem conhece os beefs, isto constitui um fenómeno do Entroncamento, se ainda alguém se lembram de tais fenómenos. Mas está escrito — preto no branco — num artigo de Philip Collins, publicado hoje no The Times, com o título, límpido como água de rocha, Now is the moment to launch a new party.
A grimpa britânica começa a baixar a bola. Não há nada como "realmente" e o pior ainda está para vir, com as negociações do Brexit. Além de não se vislumbrar gente capaz para enfrentar figurões como Juncker ou Shäuble, os britânicos partem para a maratona já com a língua de fora.
A grimpa britânica começa a baixar a bola. Não há nada como "realmente" e o pior ainda está para vir, com as negociações do Brexit. Além de não se vislumbrar gente capaz para enfrentar figurões como Juncker ou Shäuble, os britânicos partem para a maratona já com a língua de fora.
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