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Os cientistas do Século XVII, observando a lenha a arder e o fumo daí resultante, diziam que tal correspondia à libertação de substância misteriosa chamada na época flogistão. Os materiais que ardiam facilmente no ar seriam ricos em flogistão. A teoria explicava porque as substâncias queimadas ficavam reduzidas a pequeno volume de cinzas: tinham perdido o flogistão para o ar. E se a queima ocorria em espaço limitado, a combustão era incompleta porque não havia lugar para todo o flogistão libertado. A teoria caiu por terra com Lavoisier, quando este descobriu o oxigénio e o seu papel chave na combustão.
É de gargalhada isto do flogistão? Não é! Dentro de anos haveria eventualmente a mesma gargalhada sobre as hipóteses avançadas hoje, por exemplo, sobre a matéria negra: coisa que existe mas não se vê nem detecta por qualquer meio, e explica fenómenos celestes que só se compreendem se houver uma força gravitacional gerada por essa putativa coisa misteriosa a que chamamos matéria negra - o provável flogistão do Século XXI.
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