terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A PROLETARIOFAGIA E O DR. SOARES

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O Dr. Soares escreve hoje, como habitualmente, a sua crónica no “Diário de Notícias” e, para não variar, continua na estafada conversa da crise, dos seus responsáveis, e da incapacidade dos dirigentes políticos - com a Senhora Merckel à cabeça - perceberem o âmago da questão. O Dr. Soares tem embirração electiva pela Senhora, mas suspeito que é principalmente porque é mulher. Quando foi derrotado e humilhado na eleição para o Parlamento Europeu por uma mulher, na sequência de uma daquelas faltas de senso em que é pródigo, emitiu eructações sobre a sua rival bastante malcriadas, de mau perdedor, e machistas. O Dr. Soares não acredita na mulher política. Tolera-a benevolamente em nome dos princípios que campeiam na sua área política, mas não acredita: o papel da mulher é de dona de casa, está visto.

Mas, na referida crónica, volta à carga com isso dos “ataques dos mercados ao euro, visando, por enquanto, os Estados com maiores debilidades”. É uma fixação! O Dr. Soares tem encravada na cabeça a imagem do capitalista que usa chapéu alto, vulgo cartola, com as stars and stripes dos Estados Unidos pintadas, fuma charutos caros, tem o dinheiro a sair dos bolsos por falta de espaço, e come proletários ao pequeno-almoço. E daí não arreda. Tal personalidade proletariofágica, segundo Mário Alberto Nobre Lopes Soares, anda obcecada com a ideia de arruinar Portugal, País que não merece nada a ruína dado o seu comportamento exemplar em matéria de gestão financeira; mas ela quer arruiná-lo, prontes. É uma fé proletariofágica!

Ah ganda Dr. Soares!...
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