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Chama-se palíndromo a palavra ou frase cujas letras se ordenam da mesma forma, quer se leia da esquerda para a direita, quer no sentido inverso. Se se trata de um verso, diz-se verso anacíclico.
Por exemplo: “asa”, “osso”, “radar”, no que se refere a palavras; e “anotaram a data da maratona”, “assim a aia ia à missa”, “a droga da gorda”, “a mala nada na lama”, “a torre da derrota”, blá, blá, blá...
Palíndromo tem origem grega e significa “novo” (palin) “percurso” (dromo). Não deve ser confundido com verso sotádico que têm o mesmo significado invertendo a ordem das palavras: “Infelizmente morreram todos” = “Todos morreram infelizmente”.
O palíndromo latino "SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS" (O lavrador diligente conhece a rota do arado) é dos mais antigos conhecidos, se não considerarmos a pretensão dos ingleses de que o primeiro foi dito por Adão a Eva: “MADAM I’M ADAM”!
Há palíndromos em todas, ou quase todas as línguas. Por exemplo: "NI TALAR BRA LATIN" (Vocês falam bem latim), em sueco; e "SÓLO DI SOL A LOS ÍDOLOS", em espanhol, mas da autoria de um argentino. O maior palíndromo (palavra) que se conhece é finlandês: "SAIPPUAKIVIKAUPPIAS", dezanove letras que significam “vendedor de soda cáustica”, palavra impronunciável, está bem de ver.
Em português supõe-se que o maior é o superlativo “OMISSÍSSIMO”. Quanto a frase, tudo leva a crer que vem do Brasil - "LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL" (!!!).
No "Larrousse du XXe Siècle", encontra-se um palíndromo francês antigo: "L'ÂME DES UNS IAMAIS N'USE DE MAL".
A capicua é a forma algébrica do palíndromo, mas é melhor parar aqui por causa das vertigens!
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(Colaboração de António Pedro Fonseca)
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