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Na mensagem de Natal, o Primeiro-Ministro disse que, nas circunstâncias actuais, não há outro caminho senão o da austeridade e mostrou-se empenhado no diálogo social.
Estamos em clima da Festa que convida à pacificação da sociedade, à tolerância e ao perdão; mas não se pode deixar de perguntar a José Sócrates quem conduziu o País às “circunstâncias actuais”. Quem, no momento em que os economistas e a líder da oposição apontavam para o abismo que estava à frente, continuava a proclamar, alto e em bom som, serem as SCUTS um facto irreversível; as benesses do chamado Estado social conquista sustentável e inquestionável; a subida dos impostos impensável; e as obras públicas megalómanas tema de discurso repetido até à náusea em toda a intervenção, fosse em inauguração de fontanário ou de mictório público?
Sócrates tem a característica camaleónica de mudar de fato diariamente e já percebeu que viragem da casaca não precipita queda, se excluirmos a credibilidade. Mas não devia exagerar: se os portugueses ficam indiferentes ao seu discurso troca-tintas, ainda há gente no quadro internacional que pode perder a paciência para tanta pirueta e enterrar mais o País através de tabefe impaciente no chefe do seu governo. É perigoso para a Nação quando o vendedor de banha da cobra vira Primeiro-Ministro.
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domingo, 26 de dezembro de 2010
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