quarta-feira, 14 de novembro de 2012

MALANDRICE !. . .



No rescaldo do escândalo general Petraeus/Paula Broadwell, as investigações do FBI levaram ao achado de correspondência via e-mail entre a mulher que se queixou de Broadwell e desencadeou as diligências do FBI—Jill Kelley—e outro general, John Allen, comandante de 68 mil homens da NATO no Afeganistão.
Sei que o general está habituado a lidar com grandes números, a começar pelo número de homens que comanda; mas não deixo de ficar deslumbrado com o volume de correspondência trocado entre os dois, agora sob observação dos investigadores do Departamento da Defesa: mais de 30 mil páginas de e-mails! É muito e-mail!
O general diz que não há nada de errado na referida correspondência e está tranquilo. Em todo o caso, embora se diga que grande parte dos conteúdos é "mastigação" dos mesmos temas, ainda assim tem de se duvidar se o general dedicava tempo adequado às suas funções pois, com tanto e-mail, devia estar em full-time a catrapiscar. Já tinha idade para ter juízo.
No meio desta trapalhada amoroso-castrense, aprendi uma coisa. Para trocar correspondência electrónica confidencial entre duas pessoas, cada uma abre uma conta anónima no Gmail e têm os dois os dados para fazer o login do outro. Então, quando um escreve uma mensagem, não a envia, mas guarda-a nos rascunhos. O outro, como pode entrar na mesma caixa do correio, vai lá e lê o que está nos rascunhos—o conteúdo não circula na Net: malandrice!...
E há mais: as contas são abertas com endereços de e-mail transitórios, que duram apenas 10 minutos: é o serviço de e-mail descartável. Não digo como se faz, caso contrário, ficam a saber tanto como eu.
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