A Terra vai acabar—é uma lástima dizê-lo, mas é verdade:
daqui a 4 ou 5 mil milhões de anos. Mas nessa altura o homem vai ser pouco
afectado porque já não estará cá há muito tempo: partiu antes, primeiro até
que muitas outras formas de vida. Ironicamente, a vida surgiu na Terra porque o
Sol lhe deu a energia necessária para tal, mas será o excesso de energia desse
mesmo Sol que a vai extinguir.
A temperatura da nossa estrela, como aconteceu já com
muitas outras, vai começar a subir à medida que se aproxima o fim. Dentro de
mil milhões de anos, a água dos oceanos começa a evaporar-se e o vapor a
agravar o aquecimento pelo efeito estufa. Com os oceanos secos, não há lubrificação
nas falhas das placas tectónicas, não há o atrito que liberta carbono de
algumas rochas nesses locais, não se forma dióxido de carbono, a atmosfera
empobrece no gás, diminui a fotossíntese, a cadeia alimentar é afectada, a
alimentação herbívora, e consequentemente a carnívora e omnívora, escasseiam, diminui
o oxigénio para a respiração aeróbica, os cavalos a correr, as meninas a
aprender, blá, blá, blá.
Os mamíferos, seres mais diferenciados, Homo sapiens
incluído, os últimos a cá chegar, são os primeiros a marchar. Ficam formas
elementares de vida, como bactérias, com grande capacidade de adaptação a meios
hostis, mas não para sempre—dentro de 2,8 mil milhões de anos, a temperatura
deve rondar os 150 º C e a vida está extinta. É triste!
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