sábado, 3 de novembro de 2012

UM GÉNIO RASCA

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Isaac Newton, uma das principais figuras científicas da História, era um homem complicado. Escreveu a mais importante obra da Física até hoje—Principia Mathematica—tendo-se servido de dados facultados por outro físico chamado John Flamsteed, responsável pelo Royal Observatory (Greenwich). Por "questões de comadres", Newton e Flamsteed entraram em rota de colisão e o segundo deixou de ceder resultados das suas observações a Newton. Este, na qualidade de Presidente da Royal Society, não conseguindo impor a Flamsteed a publicação dos dados, mandou surripiá-los. Foi tudo para tribunal e Newton impedido de usar o material roubado. Para se vingar, nunca mais mencionou o inimigo na bibliografia dos seus escritos.
Com Leibniz, teve outra disputa sobre quem tinha sido pioneiro na divulgação do ramo da Matemática chamado "cálculo". Surgiram artigos e outras publicações em defesa quer de Newton, quer de Leibniz. Boa parte do material pró-Newton foi escrito pelo próprio e publicado com nomes de outros investigadores. Leibniz apelou à Royal Society, de que Newton era presidente. Este nomeou uma comissão para julgar as acusações constituída, por coincidência, exclusivamente por amigos seus e foi ele próprio que redigiu o parecer da referida comissão, acusando Leibniz de plágio. Quando o adversário morreu, declarou que estava muito satisfeito por o ter amolado.
Para terminar, refira-se que, em fim de carreira, foi surpreendentemente nomeado responsável  pela Royal Mint, versão inglesa da casa da moeda. Aí distinguiu-se pelo combate à contrafacção, mandando vários falsários para a forca. Ah, ganda Isaac!...
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