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Os portugueses têm de reaprender a viver mais pobres. Estamos
a empobrecer porque vivíamos acima das nossas possibilidades. Há que fazer uma
lógica quase doméstica, de contabilidade doméstica. Se nós não temos dinheiro
para comer bifes todos os dias, não podemos comer bifes todos os dias.
Sabem o que representam estas quatro frases? Talvez já
tenham adivinhado, se não leram ou ouviram antes, porque está na cara o que
são: "Mentalidade caritativa e salazarenta - no pior do que o Dr. Oliveira
Salazar nos deixou". Tal e qual.
Quem disse as frases foi uma perigosa fascista que não
tem mexido uma palha para ajudar quem tem privações alimentares—vulgo fome—há
muitos anos. Chama-se Isabel Jonet e trabalha em regime de voluntariado no
Banco Alimentar Contra a Fome desde 1994, sendo actualmente Presidente da
Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Presidente do Banco
Alimentar Contra a Fome de Lisboa e Membro do Conselho de Administração da
Federação Europeia dos Bancos Alimentares, em cuja qualidade apoiou a criação
dos 11 Bancos Alimentares portugueses.
Em 2005, recebeu da Assembleia da República o prémio
Direitos Humanos pelo seu trabalho.
O janota que escreveu a prosa supracitada deve ser um
exaltado defensor do povo unido que jamais será vencido, esgotando a sua
contribuição de solidariedade social no sofá lá de casa a manifestar indignação
perante o que ouve na televisão e a ofertar uma lata de sardinhas anualmente, quando vai ao Pingo Doce, para a organização da fascista Isabel
Jonet.
Uma náusea.
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