sábado, 10 de novembro de 2012

VACAS MAGRAS

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A Presidente do Conselho de Finanças Públicas, professora Teodora Cardoso, disse recentemente que Portugal tem um problema de credibilidade e é esse problema que teremos de resolver e nunca o resolveríamos com o 'default' (incumprimento) da dívida. E acrescentou que não era possível ajustar o tipo de situação que o País tinha, nem o nível de endividamento, sem austeridade.  Mas, segundo a economista, a austeridade deve estar virada para a despesa: "do lado da receita atingimos o que era possível atingir". [...] No lado da despesa, há muito caminho".
Não é preciso ser economista para perceber a razão da professora Teodora Cardoso. Se andamos à procura de encontrar financiamento para a economia, não podemos dar mostras de que não pagamos o que devemos—ou seja, que somos caloteiros. E para pagar, é preciso apertar o cinto, está bom de ver. O problema é saber quem aperta o cinto: o Zé, ou personalidades e instituições que continuam injustamente incólumes no olho da crise?
Falta coragem para ir buscar dinheiro onde ele se encontra confortavelmente acumulado, frequentemente por meios pouco lícitos. E falta compreensão para os cortes necessários na despesa pública, como se viu recentemente com a reacção à diminuição do número de freguesias, e para cortes noutros sectores que podem ser melhorados e tornados mais justos, incluindo o chamado Estado Social.
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