segunda-feira, 6 de outubro de 2014

CHEIRA MAL: CHEIRA A CARBONÁRIA

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Há ainda por aí alguns fósseis admiradores da Primeira República, de que falam como se a sua implantação fosse a declaração de independência dos Estados Unidos ou coisa parecida. Infelizmente, tudo aquilo foi um nojo. Falo nisto porque ontem, Vasco Pulido Valente, com a credibilidade que se lhe reconhece nessa matéria, publicou no "Público" uma síntese—"hipersintética"—sobre os presidentes dessa calamidade que dava pelo nome de República e a coisa é de estarrecer. Começa como segue:

Em 1911, a Assembleia Constituinte da República resolveu que iria passar a ser a primeira assembleia legislativa do regime. Nada a autorizava a isso, mas ninguém se importou. Afonso Costa não tinha ainda tomado conta do partido “histórico”, que fizera o 5 de Outubro, e meia dúzia de facções andavam em guerra para eleger—no Parlamento e no Senado—o seu Presidente. 
Escolheram Arriaga, um velho meio senil e pouco esperto, supondo que ele não incomodaria ninguém. Coisa em que, de resto, se enganaram. Antes de se demitir, à força claro, andou aos trambolhões de uma ilegalidade para a outra e acabou por estabelecer uma ditadura militar, depressa varrida pela Carbonária e pelos bombistas de Afonso Costa. Bernardino Machado substituiu Arriaga, com a duvidosa legitimidade dessa zaragata. [...]

O artigo de Pulido Valente, que tem apenas 438 palavras, podia ser facilmente transformado em poster para afixação em lugares públicos. Eventualmente, far-se-ia uma edição especial, em pergaminho, para oferecer a algumas carcaças da Terceira  República saudosas daqueles tempos.
Leia o artigo completo aqui.
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