Falando da nova direcção do grupo parlamentar do PS, Vasco Pulido Valente, na sua coluna do "Público" de hoje, lamenta o regresso de figuras socialistas, a que chama "relíquias do PS", encarnadas nas pessoas de Mário Soares, Almeida Santos, Jardim e Alegre. E diz: Quando a procissão sair do adro com a velha tropa à frente, tropeçando e tossindo, não haverá um único cidadão activo que lhes conceda a mais remota confiança. "Lá voltam eles!", dirão desconsoladamente os basbaques do costume. “Isto não muda”.
Pulido Valente, embora irreverente, como cronista de um
jornal sério tem limites que um blog não conhece. Eu falaria do regresso das carcaças
do PS, da velha trupe cagando-se e
tossindo e dos basbaques dizendo: lá vem a mesma merda.
Mais abaixo, o cronista escreve: Existia uma esperança, embora ténue, de que a Câmara de Lisboa tivesse transmitido
a Costa uma noção do que sucedia cá fora. Seguro até garantiu que ele não
largava “a janela”. Talvez não largasse. O pior é que o “novo rumo” com que ele
sonhava era a manifestação de “carbonários”, que, em 1910, para nosso mal,
proclamou a República. O cozinhado de facções que António Costa esta semana perpetrou
(e se prepara para continuar) não anima ninguém. A mediocridade ganhou.
O que aí vem é o pior dos clubismos—que se
serve e não serve ninguém—nepotismo, virtude pública e
vícios privados. Mais do mesmo—talvez pior.
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