[...] Os sindicatos da TAP,
liderados por uma nova direcção do sindicato dos pilotos da linha dura, que
convoca greves, primeiro, e negoceia, depois, não estão preocupados com a
necessidade de capitalizar a TAP, urgente, estão preocupados com a perda de
poder com a venda da maioria do capital da empresa a privados. [...]
[...] Infelizmente, esta luta de poder só vai dificultar a
venda da empresa. Neste momento, o Governo—que já cedeu no modelo de venda
total para ter as condições políticas mínimas para avançar com a operação—só
tem uma solução, a requisição civil.
António Costa (não é esse!) in "Diário Económico"
Os sindicatos da TAP—como dizia há dois dias—ironicamente, não
estão preocupados com a TAP. Estão preocupados com as suas mordomias e,
sobretudo e antes de tudo, com a luta política ("O Povo Unido Jamais Será
Vencido"). Há uma minoria activista—sempre a mesma—que acena aos
trabalhadores com fantasmas e lhes promete o Paraíso, onde estará um número
ainda não determinado de virgens à sua espera. Uns aguardam ansiosamente tal
momento; outros estão a cagar-se para as virgens e cagam-se com medo dos
referidos activistas e seus lacaios.
Quando chegar a hora do dilúvio, vêm os trabalhadores com o folclore do valha-nos
o Altíssimo que estes cafres destruíram a companhia. É o momento certo para a
população, que se farta de trabalhar e não tem um décimo das regalias dos
trabalhadores da TAP, se cagar neles—pedindo desculpa pela brutalidade da
linguagem que é a mais adequada para tal gente.
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