Não sei se algum dos incautos que visitam esporadicamente este blog já leu a crónica da Senhora Dr.ª Clara Ferreira Alves na revista do jornal "Expresso" da semana passada. Chama-se o espaço "pluma caprichosa"—com iniciais minúsculas, naturalmente—e a crónica "A VELHA LUTA DE CLASSES"—tudo com maiúsculas—naturalmente.
É preciso esclarecer que a Senhora Dr.ª Clara Ferreira Alves
é pífia; pelo menos. O estilo de Clarinha é mais chato que o Mar Morto
em dia de calmaria e, no que ao sumo do dito se refere, é água da torneira, para
pior.
Na referida crónica, depois de considerações iniciais que não se percebe
por alma de quem são feitas, em que fala da época do ano em que "temos de
ser bonzinhos", ou "mostrar caridade cristã" e dos "privilegiados
para quem o Natal chegou cedo", prossegue referindo-se à proclamação da "virtude da morada em Massamá esquecendo-se das piscinadas dos amigos botânicos
(Relvas, Loureiro) no Copacabana Palace", não sem entremear tal trampa
com a afirmação de que "a dívida
pública é como a reputação de Sócrates, não cessa de aumentar cada vez que
tentam abatê-la". Catita?... O mais possível!
Mas isto é só o aperitivo, porque o grosso da coluna vem
depois, a respeito da viagem do Zezito—sem escala—de Paris de França para os
calabouços da PSP. Aí começa um rol de considerações, a despropósito, sobre as classes nos aviões com toda a parolice a vir à tona. Às tantas, lemos: "Eis
a luta de classes em todo o seu esplendor, ensaiada não entre plebeus e
aristocratas, entre proletariado e burguesia, mas entre burguesia e burguesia.
A alta assalariada e a baixa assalariada. E sobra a luta de classes entre a
primeira e a executiva, entre a alta burguesia assalariada e os milionários,
que por sua vez odeiam os bilionários do jatinho privado", rebabá, rebabá...
A pergunta é: porque se estraga tanto papel e tinta para pôr
coisas destas a circular? Não há um provedor do papel que controle o
esbanjamento de recursos finitos com trampas assim? Não há??!!!... Devia
haver.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário