Algumas coisas nunca mudam. Os físicos chamam-lhes constantes da natureza. Valores como a velocidade da luz (c), a constante da gravidade de Newton (G) e a massa do electrão (me) são consideradas iguais em todos os tempos e lugares do Universo. São — ou foram — os andaimes para a sua construção, a partir dos quais todas as teorias da Física foram formuladas e definem o tecido do Universo. Apenas três constantes!...
A Física progrediu fazendo aproximações cada vez mais apuradas dos valores de cada uma delas e, contudo, surpreendentemente, ninguém conseguiu prever, ou explicar, o porquê desses números. Por enquanto, são assim porque são, ponto. Em unidades SI, c é igual a 299.792.458; G é 6,673x10^-11; e me é 9.10938188 × 10^-31, o que não obedece a nenhum padrão conhecido. O que se sabe é que se alguma delas fosse ligeiramente diferente, estruturas atómicas como, por exemplo, os seres vivos não seriam possíveis.
A tentativa de compreender as constantes do Universo faz parte do esforço realizado há séculos pela mente humana para chegar a uma explicação completa e uniforme da natureza, a chamada "Teoria de Todas as Coisas". Os físicos estão convictos que tal teoria pode explicar porque cada constante, logicamente, só pode ter o valor que tem; o que revelará uma ordem subjacente à aparente arbitrariedade da natureza. Mas não está fácil.
Se algum leitor tiver ideia, mínima que seja, O Dolicocéfalo agradece que comunique porque passará a dormir mais tranquilo e o sono é coisa preciosa.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário