Os mais antigos fósseis do Homo
sapiens conhecidos até agora têm 200.000 anos. Foram encontrados na África
Oriental, nomeadamente na Etiópia, e julga-se — ou julgava-se —
que aí tinha nascido esta espécie que gera filhos como Trump. Contudo, investigações
recentes em Marrocos encontraram fósseis do que parecem ser exemplares do Homo
sapiens com cerca de 300.000 anos. São esqueletos muito semelhantes aos nossos.
Tal achado levanta várias
questões, umas mais importantes que outras, naturalmente. Desde logo, a da
origem do Homo sapiens que nós somos. Diz-se que o homem moderno nasceu em
África, afirmação provavelmente correcta, e que tal terá ocorrido na parte Leste do
continente, migrando depois para o resto do planeta. A verdade é que estes
fósseis de Marrocos parece indicarem a presença de antepassados nossos naquela
região, antes dos cidadãos cujos fósseis foram descobertos na Etiópia e outros locais
da África oriental.
Há algumas diferenças — pequenas — nos esqueletos agora
encontrados, mas coisa de pouca monta. Em face disso, é legítimo perguntar: só
houve uma espécie (o Homo sapiens)
nossa antecessora? Ou seja, não terá
havido várias , por aqui e por ali, que se extinguiram — umas — ou que se cruzaram —
outras —
ou que evoluíram de forma diferente, rebabá, dando origem à trapalhada de gente
que há hoje, ainda com traços no genoma de espécies extintas, como o homem de
Neanderthal? Provavelmente, a evolução do homem não terá sido tão linear como
se imagina e, ao contrário do que se diz, biologicamente, não seremos tão iguais
como se pensa. E digo isto sem nenhum juízo de valor sobre a qualidade das
várias apresentações actuais do Homo sapiens, incluindo Trump.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário