David
Brooks é o colonista do New York Times que citei recentemente, a propósito da
eleição de Trump — dizia Brooks: "Quando um
tosco e imprudente como Trump chega a Presidente concorrendo com as elites da
Nação, é sinal de que o problema são as elites". Pois Brooks escreveu ontem outra crónica sobre
o "paquiderme" em que faz um retrato perfeito do fenómeno, retrato
que todos fazemos subconscientemente quando o alarve abre a boca mas temos
dificuldade em "revelar". Não vou transcrever o texto todo porque nem
é preciso — uma pequena parte diz tudo.
Começa por citar dois colaboradores de Trump que escreveram
algures o seguinte, sobre a sua recente saída: O Presidente embarcou na primeira
viagem ao estrangeiro com a noção clara de que o mundo não é uma comunidade
global, mas uma arena onde as nações, actores não-governamentais e homens de
negócios competem e lutam por vantagens.
Tal "arrincanço", segundo Brooks, é a súmula perfeita do
conteúdo do crânio do Presidente — a vida é tão só uma luta competitiva pelo
ganho e todas as iniciativas cooperantes das comunidades não passam de disfarces
hipócritas de egoísmos subterrâneos e trapaceiros.
Tal explica porque Trump e seus serventuários suspeitam de
qualquer cooperação global, como a NATO e os acordos comerciais; e porque há
tanta atracção por líderes como Putin, os Príncipes Sauditas e outros homens
fortes pouco recomendáveis que compartilham a visão de que a vida é uma batalha
claramente egoísta por dinheiro e poder. Tal e qual! Nem Eça diria melhor!
E eu acrescentaria, se pudesse meter-me na conversa da gente "grande":
E isso de ser honesto e não fazer vigarices é só um problema decorrente da
existência de polícia. Não fora esta, uma vigarice aqui, um crime ali, um roubo
acolá, não teriam a mais pequena importância, se praticados em nome da
prosperidade dos espertos.
E pelo Donaldo Trampas não vai nada? TUUUDOOOOO!....
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