quarta-feira, 14 de junho de 2017

I SHALL SHOOT YOU

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Homicídios com armas de fogo são uma causa de morte preocupante em todo o mundo — mais nuns locais que noutros, naturalmente. No Japão, por exemplo, o número de casos registados por ano é de 1 por cada 10 milhões de habitantes, probabilidade igual à de ser electrocutado por um relâmpago nos Estados Unidos. Na Alemanha, dois homicídios ocorrem por ano por cada dois milhões de germânicos, tantos como por queda de objectos sobre pessoas na América. Na Polónia e na Inglaterra, a taxa de homicídios com armas de fogo por ano é de 1 por cada milhão, igual à de mortes por acidentes agrícolas nos States.
Nos Estados Unidos, os homicídios à bala matam 

tanta gente como os acidentes de viação, se excluirmos caravanas, camiões, autocarros e motas. Em 2014, foram "abatidas" a tiro 8.124 pessoas, o que representa 31 almas por milhão de habitantes, equivalente a 27 pessoas por cada dia do ano — número chocante, para ser sintético. 
Podemos dizer que ontem morreram, provavelmente, 27 americanos — sumariamente abatidos à bala —, anteontem a mesma coisa, trás-anteontem idem aspas, blá, blá blá. Como dizia alguém a respeito das caixas sindicais, arre porra qu'é demais. Na terra do Tio Sam mais vale usar camisola interior à prova de bala.
O que choca é que estamos a falar da terra com a maior elite intelectual do mundo. Sei que é constituída maioritariamente por imigrantes e seus descendentes. Mas quando é que essa elite impõe um nadinha de maneiras aos Yankees?
Que grandes alarves!
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