O canal que, do Mar do Norte, dá acesso ao Porto de Roterdão — onde desaguam os rios Reno e Mosa — está equipado com um portão de nome Maeslantkering, uma das maravilhas da Europa, mesmo do mundo, injustamente pouco conhecida. Trata-se literalmente de um portão de duas "folhas" montadas nas margens, com capacidade para rodarem de forma a impedir a passagem da água do mar para o canal e vice-versa. Fecham quando a maré vai alta no mar, para impedir o alagamento de Roterdão, e abrem quando o caudal dos rios Reno e Mosa aumenta, pela mesma razão; o que exige gestão atenta e competente.
Mas é da Maeslantkering que quero falar porque aquilo é de cair de cauda (ver imagem). Cada "braço", "folha", "porta, ou "asa" do portão tem comprimento igual à altura da Torre Eiffel e o dobro do peso desta — na balança corresponde a duas torres. E aquela cangalhada funciona! E bem!
É preciso prever o andamento das águas para o centro de controlo tomar medidas em tempo certo, o que exige previsão e avaliação do caudal dos rios e altura das marés. Naturalmente que estas coisas não variam em poucos minutos, mas abrir um portão assim também não é abrir a porta do 4º Esquerdo. É que, depois de fechada a Maeslantkering, os seus tubos (muitos) são cheios de água para lhe aumentar o peso e, consequentemente, a estabilidade. Por isso, antes de abrir, é necessário esvaziá-los com bombas eléctricas. Trinta bombas são accionadas quando é necessário, bombas ligadas à rede geral. Mas — não vá o Diabo tecê-las — existe uma rede de recurso, se a geral falhar. E, se esta também borrega, há ainda um gerador. É que os rios podem ser muito mais perigosos que o Mar do Norte pela rapidez com que fazem inundações em Roterdão.
Deve esclarecer-se que, actualmente, tudo isto pode ser controlado por computadores que avaliam a informação sobre as águas e têm autonomia para abrir ou fechar a Maeslantkering. Em todo o caso...
Para quem tem a minha idade, isto é ficção científica — mas deve ser verdade!...
É preciso prever o andamento das águas para o centro de controlo tomar medidas em tempo certo, o que exige previsão e avaliação do caudal dos rios e altura das marés. Naturalmente que estas coisas não variam em poucos minutos, mas abrir um portão assim também não é abrir a porta do 4º Esquerdo. É que, depois de fechada a Maeslantkering, os seus tubos (muitos) são cheios de água para lhe aumentar o peso e, consequentemente, a estabilidade. Por isso, antes de abrir, é necessário esvaziá-los com bombas eléctricas. Trinta bombas são accionadas quando é necessário, bombas ligadas à rede geral. Mas — não vá o Diabo tecê-las — existe uma rede de recurso, se a geral falhar. E, se esta também borrega, há ainda um gerador. É que os rios podem ser muito mais perigosos que o Mar do Norte pela rapidez com que fazem inundações em Roterdão.
Deve esclarecer-se que, actualmente, tudo isto pode ser controlado por computadores que avaliam a informação sobre as águas e têm autonomia para abrir ou fechar a Maeslantkering. Em todo o caso...
Para quem tem a minha idade, isto é ficção científica — mas deve ser verdade!...
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