Jenni Russell é colunista no The Times, colaboradora da BBC e ITN e já escreveu no The Guardian. Hoje publica um artigo de opinião no Times sobre Theresa May com o título Now May should say sorry to our EU friends.
Diz que May se agarra ao lugar, ao despedir colaboradores que com ela trabalharam, ao aceitar a responsabilidade dos enormes erros de avaliação política, ao assumir arrependimento pelo comportamento tido, alienando colegas e o partido e perdendo a maioria, ao manter-se cega a outras visões, o que a deixou sem aliados e apoiantes quando, justamente, mais precisa deles. Agora procura ouvir e aprender.
May faz isto para ter um futuro. Para bem dos britânicos era bom que estivesse mais preocupada com o futuro destes e assumisse uma posição mais maleável em relação à Europa com quem sempre foi glacial, desdenhosa, combativa, rude e delirante. Nunca se apercebeu da realidade política que é a terrível complexidade de sair da União Europeia; do facto de que a economia britânica precisa muito mais da Europa que esta precisa dela; das consequências de sair sem acordo; e de que, quanto mais tempo passa, mais fraca está a Inglaterra e mais fortes estão os países da União.
Doravante falo eu e Almada. May assumiu o papel de uma bloody difficult woman — palavras suas — o que "faz toilette" em franjas do seu partido mas não passa de farroncada de baixo nível. Em suma, May não é uma nódoa — May é a nódoa propriamente dita.
May nasceu para provar que nem todos os que governam sabem governar. May é um autómato que deita para fora o que a gente sabe que vai sair. May, em génio, nunca chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum. May cheira mal da boca! Morra May, morra! Pim!
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