Churchill
foi uma personagem que sempre fascinou muitas almas por ser um homem cheio de
qualidades, incluindo ironicamente algumas fraquezas próprias de quem é humano
e que reconhecia com à vontade, mesmo divertimento.
Em
Setembro de 1896, embarcou para a Índia como oficial de Cavalaria num regimento
de Hussardos estacionado em Bangalore. O trabalho não "apertava" pelo
que Winston estava no activo sete meses por ano, gozando cinco meses de folga.
E o que chamo activo consistia nalguns exercícios de treino e muitos jogos de
polo.
Em
tal cenário, que considerava "estúpido, desinteressante e embrutecedor",
decidiu dedicar-se ao estudo da história do Parlamento Britânico e manter-se
informado sobre a política europeia, de modo a estar preparado quando iniciasse
a carreira política.
Em
boa verdade, tinha entrado no Exército
como meio de atingir um fim. Era ambicioso e usava a tropa para dar brilho à reputação, de modo a iniciar a
carreira política quando regressasse a Inglaterra, invocando feitos de bravura
e coragem.
Um
dia escreveu à mãe: "Ambiciono mais a reputação de coragem que qualquer
outra coisa no mundo. Um jovem deve admirar os ideais de um jovem". E,
como jornalista que também era, não se coibia
de destacar os próprios feitos na imprensa britânica, o que lhe valia a
antipatia dos camaradas militares, entre os quais não era popular por isso.
Nos
fins de 1897, conseguiu transferência para a Malakand Field Force, no Noroeste da Índia. Aí, um dia, viu-se debaixo de fogo inimigo e, com risco da
própria vida, a transportar nos braços um soldado ferido que salvou. Posteriormente,
viria a contar o feito escrevendo: "Não tive medo. Não acredito que os
Deuses tenham criado um ser forte como eu para um fim tão prosaico."
Esta é de "rebenta canelas". Por estas e outras parecidas é que admiro o
homem.
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