sábado, 28 de abril de 2018

A NATUREZA NÃO SABE ECOLOGIA

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A fotografia em cima é do vale do rio Soca, no Oeste da Eslovénia, no tempo actual. Fotografias anteriores à Primeira Guerra Mundial revelam uma área quase sem vegetação e pouquíssimas árvores. A imagem ao lado e em baixo, das ruínas de um templo Maia no México rodeado de vegetação, corresponde a uma área onde há séculos não existia uma folha verde.
Serve isto para dizer que, ao contrário do que se pensa e faz constar, a destruição da vida vegetal pelas nossas civilizações está longe de ser irreversível. Ao longo da História, o homem já destruiu milhões de florestas que aí estão para lavar e durar. 
Não é isto um apelo ao betonar desenfreado da Natureza, por múltiplas razões, até de ordem da estética ambiental. Mas é um reparo a algum fundamentalismo ecológico, muitas vezes em colisão com interesses económicos colectivos e a qualidade de vida das populações. Os inconvenientes de uma barragem hídrica, para produção de electricidade ou regadio, têm de ser ponderados versus vantagens que traz à população, onde está incluída larga faixa dos menos favorecidos economicamente.
E a Natureza, já o demonstrou, não aguenta tudo, mas aguenta muito. Diz quem assim pensa uma coisa em que devemos reflectir: "There is more life in dead trees than there is in living trees"; ou seja, "Há mais vida nas árvores mortas do que há nas árvores vivas". Isto é verdade biologicamente, se considerarmos a fauna e a flora que habitam as árvores mortas. É um sofisma? Seguramente! Mas dá que pensar.
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