.
..Estamos habituados a ouvir e falar sobre civilizações antigas extintas, reveladas por sinais como ruínas enterradas ou estátuas afundadas, para dar dois exemplos. Mas tal corresponde a distâncias temporais de milhares de anos, não de milhões de milhões, por exemplo. E se nesta escala de tempo — de muitos milhões — tivesse havido na Terra outra civilização industrial antes da nossa cujos vestígios estivessem reduzidos a pó? A ser isso um facto, seria possível, cientificamente, encontrar dados indiciadores, ou provas irrefutáveis dele? É esse o conteúdo de um artigo publicado em Abril deste ano na revista International Journal of Astrobiology por Adam Frank, da Universidade de Rochester, e Gavin Schmidt, do NASA Goddard Institute for Space Studies.
Então, pensam os autores que será possível. Pouco do que o homem faz na Terra não deixa vestígios, desde que se saiba procurá-los. Para dar um exemplo, se a nossa civilização desaparecesse agora, daqui a muitos milhões, ou biliões, de anos ainda seria possível encontrar vestígios da nossa presença e actividade, como os produtos da detonação de bombas atómicas, ou o lixo nuclear das centrais eléctricas. Tal informação seria um dos fios da meada para deduzir o nosso estado de evolução científica, técnica, industrial e por aí fora.
Não vale a pena multiplicar os exemplos porque seriam muitos, relacionados com sinais de alterações atmosféricas, do desenho dos continentes, rebabá. Já não será para a nossa vida, mas os nossos filhos saberão um dia se já houve outro ser na Terra mais inteligente que o Presidente do Sporting.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário