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Sobre a questão das quotas de mulheres na política, nomeadamente no Parlamento, Alberto Gonçalves escreve a folhas tantas, no "Observador", o seguinte:
.[...] O receio de ofensa também explica a ausência de propostas paritárias para os restantes factores de identidade. Para não insultar os gays, o “sistema” não arrisca bulir na representatividade segundo a orientação sexual. Para não caluniar as religiões, não se sugerem proporções de budistas, muçulmanos, animistas ou presbiterianos. Para não difamar as etnias, não se enfiam à força asiáticos, negros, ciganos, ameríndios ou esquimós nas listas das “legislativas”. Ou uma determinada porção de boavisteiros, ceguinhos, circuncisados, flautistas, vegetarianos ou o que quer que seja que torna a pessoa aquilo que é. Não, senhor: o único “grupo” empurrado à força para a política é o das mulheres, um acto machista, ressentido e quase perverso. [...]
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