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Manuel Alegre, candidato e político cultor do tipo “eu não me calo”, na segunda qualidade disse hoje nos Açores que o actual Presidente da República fez uma "apreciação técnico-jurídica" da medida compensatória, mas cometeu um lapso quando "considerou o corte de vencimentos como um imposto, que não é". Coragem e “eunãomecalarismo” é isto, para que se saiba!
Interrogado pelos jornalistas sobre a remuneração compensatória inventada pelo correligionário Carlos César, Manuel Alegre não se quis pronunciar. Meter o rabo entre as pernas e o “eunãomecalarismo” na gaveta é isto, para que se saiba.
Quem ainda tinha dúvidas sobre a capacidade de executar o Orçamento de 2011, as excepções às medidas para diminuir a despesa, que proliferam como cogumelos desde a sua aprovação, com a invenção de César à cabeça, fica definitivamente esclarecido. E ainda a procissão não saiu do adro. Esperemos mais uns dias, e logo se assistirá ao desfile das arbitrariedades, dos compadrios, do nepotismo e da corrupção, até chegar o FMI. Alegre “Eu Não Me Calo” terá então de fazer escrupulosa selecção, separando o trigo do joio; isto é, gerir o “eunãomecalarismo” de acordo com a suas superiores conveniências que serão as superiores conveniências da Pátria.
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