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Depois do Secretário de Estado João Correia e do Director-Geral da Administração da Justiça, segue-se o Sub-Director-Geral, Fernando Sousa Marques. O navio afunda-se e os ratos vão abandonando a nave.
Desta vez é porque o desenvolvimento de aplicações informáticas dos tribunais foi entregue à empresa “Critical Software”, em regime de outsourcing. Segundo o demissionário, tal entrega não serve os interesses nem da Justiça, nem do País e é susceptível de agravar o défice orçamental do Ministério.
Tal prática tem sido corrente nos últimos anos, constitui modus operandi trivial dos governos socráticos, e contribuiu para o adiantado estado de putrefacção do Estado vigente. A clientela amiga, dos grandes escritórios de advogados, das empresas de consultadoria, dos gabinetes de engenharia, arquitectura, ambiente, fuga dos chatos para o Egipto, e das dez pragas do dito, prospera, enriquece à custa do contribuinte parolo, e dá valioso contributo para transformar decisões inenarráveis em coisa da maior solidez jurídica.
Isto que estou a dizer já era assim, Senhor Sub-Director-Geral, quando V.Exa entrou para o lugar, e durante todo o abençoado tempo para esta Pátria em que exerceu com brilho as respectivas funções.
Há um ditado que diz “mais vale tarde que nunca”, é verdade. Mas é estranho como alguns crânios só vêem o mal quando o navio está em vias de colidir com o iceberg, quais comunistas iluminados à última hora, como Judas, Pina Moura, Lino e António Mendonça. Tal estranheza aplica-se a V.Exa e também ao Secretário de Estado João Correia e ao Director-Geral da Administração da Justiça. De repente, é como se o Espírito Santo descesse sobre todos para os iluminar. Quem não é crente bem pode pôr os olhos em tais condutas para arrepiar caminho na sua incredulidade. V.Exas são o exemplo probatório da existência do milagre da conversão abrupta e, consequentemente, da existência do Altíssimo que se manifesta das mais inesperadas formas.
O País agradece a V.Exa o contributo dado para ver o que todos já tínhamos visto, e a sua mediação entre a omnisciência divina e os portugueses ainda cegamente descrentes. Deus o abençoe.
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