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Depois de longa exposição de Teixeira dos Santos aos ministros europeus do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, o Presidente, disse aos jornalistas que Portugal está a fazer um progresso muito notável a nível do processo de consolidação, mas foi pedido ao ministro que precise as reformas estruturais que Portugal conta apresentar nos próximos meses. Isto é: os colegas do Eurogrupo já não vão em conversa de encher chouriços e querem o preto posto no branco.
Quando as coisas chegam aqui, significa que a corda não estica mais. Já não interessam boas intenções, nem discursos fluentes. O Eurogrupo, como diria brasileiro, respondeu a Teixeira dos Santos: Muito bem. Mas conta aí pr'à gente o que você vai fazer mesmo; porque intenção não basta não.
Santos está encravado – por um lado, tem de facilitar a vida aos patrões em termos de legislação laboral e, por outro, nem o orçamento consegue executar, quanto mais flexibilizar os despedimentos. Um dia diz que César dos Açores não pode abrir excepções na austeridade e, no mesmo dia, Sócrates diz que pode. Hoje diz que as medidas se aplicam a todos e amanhã vê excepções nos hospitais e nas empresas públicas. Quando disser que a legislação laboral vai mudar, o PS afirma que nem é bom pensar nisso. Santos está feito ao bife.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
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