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Conheço mal o eurodeputado Rui Tavares, eleito como independente na lista do Bloco de Esquerda. Ouvi-o algumas vezes na televisão, onde tinha intervenções de esquerda respeitáveis, embora com ar difícil de tragar, dado o carácter de coisa definitiva que lhes dava – um bocado como Louçã, cujo estilo combinaria bem com a qualidade de prior, até de bispo ou arcebispo. Rui Tavares entrou em rota de colisão com Louçã, como está a acontecer de forma frequente na esquerda caviar, depois da tragédia que foi a quebra da flute do champagne que bebiam desde as eleições de 2009. O espumante entornou e alguém tem de responder por isso – ninguém melhor que o prior, perdão, Louçã para dar a resposta.
Conheço mal o eurodeputado Rui Tavares, eleito como independente na lista do Bloco de Esquerda. Ouvi-o algumas vezes na televisão, onde tinha intervenções de esquerda respeitáveis, embora com ar difícil de tragar, dado o carácter de coisa definitiva que lhes dava – um bocado como Louçã, cujo estilo combinaria bem com a qualidade de prior, até de bispo ou arcebispo. Rui Tavares entrou em rota de colisão com Louçã, como está a acontecer de forma frequente na esquerda caviar, depois da tragédia que foi a quebra da flute do champagne que bebiam desde as eleições de 2009. O espumante entornou e alguém tem de responder por isso – ninguém melhor que o prior, perdão, Louçã para dar a resposta.
Então, Tavares decidiu abandonar a delegação parlamentar do BE no Parlamento Europeu porque se sentiu melindrado com uma pessegada qualquer que o prior, perdão, Louçã terá vertido no "Facebook". E diz que é perseguição aos independentes; que não estranha porque já tinha assistido a isso com o Zé que fazia falta à Câmara de Lisboa. Aliás, acrescenta até que só aceitou integrar a lista do BE como independente para fazer uma aposta; aposta destinada a tirar a limpo “se o BE tinha aprendido a lição e conseguia finalmente lidar com a independência no seu próprio seio”.
Não é uma ternura? Eu, das entranhas da minha modéstia, encontro himalaias de ternura nisto. Tavares tinha dúvidas sobre se o Bloco sabia lidar com independentes e decidiu candidatar-se como tal para tirar tais dúvidas. Eh...eh...eh... “Não aprendeu, nitidamente não aprendeu a lidar com independência nem com independentes. Isso é uma coisa que eu hoje posso dizer”, afirmou.
Tavares é homem com espírito científico: tem uma dúvida, formula a teoria e experimenta. Tal confirma a teoria e Tavares estabelece a lei: o Bloco não aprendeu; prontes. “Os acólitos do líder compreendem que está dado um sinal de caça ao independente”, acrescenta, agora já falho de espírito científico porque generaliza e especula.
Mas Tavares não abdica do cargo, não senhor: muda de clube e fica. E porque fica? Pois porque não quer beneficiar o infractor retirando-se. Tira-lhe, isso sim, um elemento ao grupo parlamentar e pune-o como merece. Gostaria de sair porque o trataram mal e porque era bom voltar à vida ronceira da Pátria. Mas Tavares sacrifica-se e fica – é preciso punir o prior, perdão, o bispo, perdão, Louçã. Assim ele aprende como é mau as pessoas agarrarem-se aos lugares. ...Puf!...
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