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O impagável, o insubstituível rei da acrobacia, Basílio Horta, falou. Falou e muito bem. Não vou entrar em pormenores porque vem tudo na imprensa, graças a Deus. Mas disse uma frase lapidar: "Um político como Sócrates nunca desaparece definitivamente".
É verdade porque tanta burrice é um caso sem paralelo: fica na História pelos piores motivos, mas fica – não desaparece a burrice, não desaparece o político.
O Zézito foi uma bola de sabão nascida da espuma de um regime político a caminho do socialismo que só tem isso mesmo: espuma. Como bola de sabão, desafiou as leis da Física e resistiu para além do que permitem tais leis – a compreensão lenta popular, assim chamada benevolamente, constituiu um case study. Mas ninguém resiste eternamente à Física de Newton, se excluirmos Boaventura de Sousa Santos. E o Zézito rebentou, desfazendo-se em miríade de partículas ainda com menos densidade, uma das quais se chama Basílio Horta.
Basílio é o tipo acabado de Conselheiro Acácio: mas enquanto Acácio era congruente, Basílio corre atrás da oportunidade bolsando mediocridades de várias cores.
Uma lástima e um horror!
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