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Marat, por Jacques-Louis
David que fez o favor de lhe "tratar" a doença da pele
Jean-Paul Marat, o figurão da Revolução Francesa, nasceu na Suíça, estudou Medicina em França — onde não acabou o curso —, indo depois para Inglaterra, País que, por artes malabares tipo Sócrates de Vilar de Maçada, lhe deu um diploma de médico, não sem que antes não tenha exercido Medicina sem o ter.
Em 1776, regressou a França e tornou-se médico da moda da aristocracia. Mas, como não "parava", começou a fazer investigação científica — nalgumas áreas em associação com Benjamin Franklin — e publicou livros sobre a natureza do fogo, da luz, da electricidade, sobre a fuga dos chatos para o Egipto, eventualmente sobre a confiança no mundo e a tortura em democracia e por aí fora.
Em 1788, mudou novamente de carreira: passou-se para a política. Fundou um jornal e tornou-se numa das vozes mais radicais da Revolução Francesa.
Estava convencido que a doença era consequência de um "desequilíbrio dos fluidos orgânicos" e, porque sofria de dermite herpetiforme, doença crónica da pele, passava horas "de molho" na banheira cheia de coisas inenarráveis. Tantas horas que foi aí que a sua namorada, Charlotte Corday, o matou à facada em 1793.
No julgamento que a condenou à morte, Charlotte declarou: "Matei um homem para salvar 100.000". Conhecendo Marat, provavelmente salvou. Aliás, andam por esse mundo alguns a precisar de banho — não banho-maria, mas "banho-Marat".
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Esta conversa aparece aqui porque, por acaso, me caiu no monitor a pintura reproduzida em cima, com um Marat sem lesões cutâneas visíveis.
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