domingo, 22 de outubro de 2017

MANIFESTO ANTI-COSTA

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Vicente Jorge Silva escreve hoje no "Público", a páginas tantas, o seguinte:
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Costa continua a ser um caso enigmático de dupla personalidade: o seu excepcional engenho político coexiste com um autismo que o encerra no interior desse engenho e prejudica uma visão estratégica global das funções governativas.
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Tal e qual!
Costa nunca foi, nem nunca será, um político. Costa é o que se chama um politiqueiro, substantivo depreciativo usado para o que se ocupa muito de política partidária e recorre, eventualmente, a expedientes pouco ortodoxos para atingir os seus fins, como é o caso da "geringonça". 
Costa não governa, nem gosta de governar — Costa gosta é de ser líder partidário, presidente de câmara, ministro, primeiro-ministro, eventualmente presidente da república; ou de ter um cargo de relevo na União Europeia. Em qualquer dos casos, não para "FAZER"; apenas para "SER".
Costa não estuda, não avalia, não planeia, não pondera — Costa atamanca. Ignora olimpicamente a crítica e recebe-a com a mesma sensibilidade com que ouve a notícia da fuga dos chatos para o Egipto: com um sorriso de indiferença estampado no rosto. E, se for preciso, a pedido, até se desculpa publicamente pelas mortes ocorridas nos incêndios — o que é que isso lhe custa?!
Parafraseando Almada-Negreiros, se todos fossem como eu, haveria tais munições de manguitos para o Costa que levariam dois séculos a gastar. PIM! Parece mentira, mas é verdade!

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