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Infelizmente, por experiência própria, confirmo a opinião da revista: nunca fui tão aldrabado — em todos os países que conheço — como na Grécia, Pátria de Sócrates, Platão, Míron, Fídias, Píndaro, Sófocles, Pitágoras, Tucídides e por aí fora.
Perguntar-se-á o que aconteceu. Sofreram os gregos uma mutação genética colectiva? O seu genoma foi contaminado com genes externos, infiltrados por inimigo silencioso e desconhecido? Alguém deitou mau olhado aos helénicos? Não creio. Os gregos foram sempre assim!
Num excelente artigo de Johanna Hanink, professora da era clássica, publicado no AEON Magazine e intitulado "Even the ancient Greeks thought their best days were history" (Até os antigos gregos pensavam que os seus melhores dias eram História), a autora transcreve textos da época nos quais gregos ilustres da antiguidade já se queixavam do que refere a revista Focus e me queixo eu. Penso — se interessa isso a alguém — é que os gregos, cultos ou incultos, sábios ou ignorantes, criativos ou burros, artistas ou não, foram sempre assim: aldrabões — tout court.
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