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[...] Quando levamos o pacifismo aos limites do bom senso, perdemos sempre o compasso moral. No seu comunicado, os bloquistas falam sobre os Estados Unidos — “Não é aceitável qualquer normalização da violência e da barbárie, de ataques contra civis e da violação contínua do Direito Internacional” — sem perceberem que, na realidade e involuntariamente, estão a descrever a atuação do regime sírio. E não percebem porque, de facto, na sua cabeça não há qualquer diferença moral entre as armas químicas do regime sanguinário de Assad e os mísseis dos regimes democráticos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França. Para Catarina Martins, todas as armas são iguais e todas as motivações para as disparar são igualmente condenáveis. Quando chegamos a este ponto de relativismo já não há mais nada a fazer..
Miguel Pinheiro in "Observador"
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