terça-feira, 3 de abril de 2018

O RIO DE FEVEREIRO

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[...] Ao encavalitar-se nos votos oferecidos por Salvador Malheiro e dando-lhe um lugar 
como vice-presidente, ao escolher Elina Fraga e dizer que a polémica em torno da sua reputação duvidosa é algo de que “gosta”, e ao desvalorizar por completo o comportamento de Barreiras Duarte, Rio mostra que o que motiva a postura “combativa” e de “ruptura” que está associada à sua pessoa não é um julgamento ajuizado acerca do que é correcto fazer em determinadas circunstâncias – qual a melhor opção política para o país – mas um impulso irracional de ir contra o que “a opinião” – os jornais, as televisões, os “comentadores”, os outros políticos – julga que deve ser feito, independentemente dos méritos da posição que Rio rejeita e confronta.
Por outras palavras, talvez Rio não se deixe mover por uma vontade imperiosa de fazer o que deve ser feito, mas por uma simples paixão em “ser do contra”.
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Bruno Alves in "Jornal Económico"
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