terça-feira, 31 de agosto de 2010

A HISTÓRIA, A FOICE E A SEARA ALHEIA

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. A imagem foi-me sugerida pelo texto de Jaime Cortesão transcrito abaixo. Na verdade, o que diz o autor não tem nada a ver com foices e searas alheias. Tem a ver, isso sim, com a complementaridade das disciplinas.
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HISTÓRIA E SOCIEDADE


Uma antiquada concepção, cuja carreira não terminou de todo em Portugal, faz constituir a história na evocação dos homens e dos eventos singulares, faustosa galeria de retratos e painéis de batalhas, a que se acrescenta quando muito o quadro das instituições. Dir-se-ia desta sorte que os factos de ocupação do solo e agrupamento da população, as variações do regime económico, a elaboração de um espírito colectivo, os movimentos e transformações da massa, isto é, os factos própriamente sociais não têm importância na vida da sociedade. Longe de nós negar a parte da criação individual na história. Mas todas as nações, antes de atingirem a sua definição política suprema, atravessam um demorado período de formação, onde ocultam quase exclusivamente esses factos gerais.
A consciência de uma solidariedade e de um ideal colectivo, o sentimento e a ideia de uma pátria elaboram-se lentamente através desses movimentos de grupos e das lutas entre eles suscitadas. E por via de regra os grandes homens são tanto mais representativos quanto melhor encarnam e orientam as aspirações colectivas.
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Jaime Cortesão, in "História do Regime Republicano em Portugal"
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E ESTA?!!!...

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Segunda-Feira passada, no US Open, Roger Federer fez a jogada mágica que se vê neste vídeo no jogo contra o argentino Brian Dabul. Ganhou 6-1, 6-4, 6-2.
Não é a primeira vez que faz coisa parecida. No mesmo US Open, no ano passado, já tinha feito a graça contra Novak Djokovic, como se vê no vídeo em baixo.

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ENVELHECIMENTO

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. O inexorável efeito do tempo a que nada resiste
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ENTRE ASPAS

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Na narrativa dos media europeus (e portugueses), a Palestina só aparece quando um grupo de palestinianos troca tiros com o exército israelita. Esta é a Palestina dos picos mediáticos. Porém, existe outra Palestina, mais constante, mais corrente, a Palestina do dia-a-dia. Sucede que esta Palestina não aparece nos nossos media. Mas convém acompanhar a Palestina durante os 350 dias do ano em que não há notícias sobre tanques israelitas a contra-atacar.
Nessa Palestina do dia-a-dia, a Fatah e o Hamas vivem uma guerra civil larvar, e o Hamas até ataca campos da ONU. Nessa Palestina quotidiana, Salam Fayyad (Cisjordânia) e Ismail Haniyeh (Gaza) controlam a política com punho de ferro, adiando para as calendas gregas as eleições que já deviam ter acontecido. Aliás, a Autoridade Palestiniana (AP) já anulou três eleições no último ano, e, não por acaso, os mandatos legislativos e autárquicos já expiraram. Ou seja, a moderada AP está a construir outro estado autoritário no Médio Oriente. Não é totalitário como a Gaza do Hamas. É só autoritário. É uma espécie de islamismo on the rocks. Sob o patrocínio dos governos europeus (que financiam a AP), Fayyad está a construir um estado autoritário e policial, com um evidente desprezo pelo parlamento e pelos jornalistas (jornalistas independentes, que não seguem a linha oficial, são silenciados).
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Ora, deste lado do Mediterrâneo, os media não falam desta Palestina quotidiana. Deste lado do Mediterrâneo, a malta só se lembra da Palestina quando troveja em hebraico. Por que razão a Palestina não interessa nos 350 dias em que os trovões israelitas estão calados?
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Henrique Raposo in "Expresso Online"
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JOVENS JAPONESAS NA CANÍCULA

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Um exemplo de fotoprotecção
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

LÍNGUAS DE POMBO CORREIO


Imagine-se a dizer ter ido em frente, virado à direita e voltado para trás dentro de uma grande superfície comercial desta maneira: fui para Leste, virei para Norte, mas voltei para Sul e para Oeste. Complicado? Depende da língua que fala.
Há línguas com sistema de coordenadas egocêntico, em que as coordenadas são os eixos frente/trás e esquerda/direita, e há línguas com sistema geográfico, por exemplo o Guugu Yimithirr de alguns aborígenes da Austrália, que funcionam com eixos Norte/Sul e Este/Oeste. O Guugu Yimithirrr é a língua melhor estudada, mas há mais com sistermas de orientação geográfica.
Perguntar-se-á: como sabem eles onde está o Norte dentro de uma cave, ou à escuras? Também não sei, mas sabem. Admite-se ser fruto de enorme treino desde crianças, que os faz manter permanentemente o sentido de orientação, indispensável para a linguagem. Eventualmente, como os pombos correios que viajam fechados em carros e comboios sem perderam a noção da coordenada do pombal.
Depois de terem entrado num hotel, percorrido vários corredores, subido no elevador, e entrado num quarto, podem dizer-nos: cuidado com essa aranha a Oeste do seu pé. E dois quartos opostos no mesmo corredor, com a cama à esquerda, a mesa à direita, e a TV ao fundo, são iguais para nós e diferentes para eles, porque a cama está a Norte, a mesa está a Sul e a TV a Oeste num quarto, e a cama está a Sul, a mesa a Norte e a TV a Leste no outro.
Complicado? Depende da língua que falamos! Acredita que eles não percebem essa coisa de atrás e adiante, ou à esquerda e à direita? Como podemos nós entender-nos, perguntam, se essas direcções estão sempre a variar com os nossos movimentos? Acha que é capaz de os esclarecer?
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MAIS CIÊNCIA E MENOS MILITÂNCIA

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Investigadores do clima das academias das ciências dos Estados Unidos, Reino Unido, Países Baixos e por aí fora, elaboraram um relatório em que criticam o Intergovernmental Panel on Climate Change da Nações Unidas, presidido pelo Dr. Rajendra Pachauri (na foto), pelo trabalho realizado até agora e pelos erros grosseiros cometidos nas previsões. Aconselham o Painel a orientar-se exclusivamente por evidência científica incontestável, de modo a evitar as asneiradas passadas. Dizem também que é fundamental estabelecer uma política rigorosa de conflito de interesses dos participantes para tornar as opiniões do grupo cristalinas.
Na realidade, sem dizer que não há competência técnica no Painel, é nítido haver por ali muita militância..., no mínimo.
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HÁ PACHORRA?

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. Vladimir Putin, Primeiro-Ministro da Rússia, faz pontaria a uma baleia com uma besta (escrevi com e não como, atenção!)
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OS FACTOS E OS NÚMEROS


Ministro do Interior francês:
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- Os actos de delinquência perpetrados por romenos em Paris aumentaram 259% em 18 meses.
- Em Paris actualmente, um roubo em cada 5 é feito por um romeno. Em cada 4 roubos cometidos por menores, um é por um menor romeno.
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Perfeito da Polícia de Paris:
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- Em 20 actos de delinquência, um é praticado por um romeno (5,71%). A percentagem sobe para 8,5% nos casos de delinquência de proximidade.
- Os actos de violência cometidos por menores romenos aumentou 64% num ano. O aumento é de 117%, no que respeita a roubos com violência.
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OS CARROS DO TINTIN

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Renault NN (1924)
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O BOMBO DA FESTA

A Autoridade de Antidopagem de Portugal (ADoP), que avocara o processo de Queiroz na semana passada, impôs agora nova suspensão de seis meses ao seleccionador. Queiroz está verdadeiramente “feito ao bife” e o melhor era calar-se: com o tacto que tem, cada vez que abre a boca leva mais.
É dos livros que quem fica na mó de baixo tem de preparar o couro para a porrada; e o “Mister” tem o hábito de se colocar lá.

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CORAÇÕES E ESPADAS

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O secretário-geral do PS anda a tentar convencer Carlos César a ser o próximo líder. Seguro enerva socráticos.
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In Jornal i
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10º ACIDENTE AÉREO EM 8 MESES!

De acordo com a notícia, é o décimo acidente aéreo em Portugal este ano, ou seja, em oito meses. Não sei o que é "normal" neste campo, mas parece um número exorbitante.
Qual a razão? Deve haver uma, presumo. Ou várias a integrar qualquer coisa como negligência ou parecida.
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domingo, 29 de agosto de 2010

INGRID BERGMAN

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A kiss is a lovely trick designed by nature to stop speech when words become superfluous.

Ingrid Bergman

Ingrid Bergman nasceu neste dia, em 1915, filha de pai sueco e mãe alemã.
Dramaticamente, morreu também neste dia em Londres, em 1982.
Considerada uma das mais notáveis actrizes do cinema americano de todos os tempos.
Foi mãe de Isabella Rossellini.
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ESTÁ SENIL



De acordo com Fidel de Castro, Osama bin Laden é, na verdade, um agente da CIA pago por George W. Bush, quando este era presidente norte-americano e precisava de “assustar o Mundo”.
“Bush nunca teve falta do apoio de bin Laden. Ele era um subordinado.”
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Eh, eh, eh...
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CARROS DA HISTÓRIA PORTUGUESA

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Pegaso Z 102B, fabricado em 1953 pela Pegaso dos camiões, em Barcelona, 8 cilindros em V, 2.816 cc de cilindrada, caixa de 5 velocidades mais marcha atrás, 2 lugares, 1.300 kg de peso, e 190 km/hora de velocidade máxima.
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Oferecido ao Presidente Craveiro Lopes na sua visita oficial a Espanha em 1953, foi registado como propriedade do Estado com a matrícula EP-19-47. Em 1965, já com Américo Tomás como Presidente, a matrícula foi mudada para a actual (HF-34-47).
Depois de escassa utilização, acabou por ficar abandonado nos armazéns do Ministério das Finanças em Xabregas. Muito danificado com a inundação daqueles armazéns em 1967, seria oferecido ao Museu do Caramulo que procedeu à sua reparação e onde ainda se encontra exposto.
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BALEIA DEU À COSTA

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CAPA DO DIA

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sábado, 28 de agosto de 2010

ATÉ QUE ENFIM!

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. Quebrou-se o enguiço?
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BRASIL DO SÉCULO XIX NO TIMES

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Sobre um artigo no Times acerca de longa descrição do Brasil, escrevia Eça:
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Começa, pois, o grande jornal da City por dizer – «que a descrição do vasto império do Brasil com que foi fechada a série das cartas sobre o continente americano deve ter feito transbordar o sentimento de admiração pelo esplendor, etc.» Seguem-se aqui naturalmente vinte linhas de êxtase: é, em prosa, a ária do quarto acto da Africana, Vasco da Gama de olhos húmidos e coração suspenso no enlevo de tanta flor prodigiosa, de tão raros cantos de aves raras...

Depois vem o espanto clássico pela extensão do império: «Só o simples tamanho de um tal domínio (exclama) na mão de uma diminuta parcela da humanidade é já em si um facto suficientemente impressionador!»
E todavia esta admiração do Times pelo gigante é misturada a um certo patrocínio familiar, de ser superior – que é a atitude ordinária da Inglaterra e da imprensa inglesa para com as nações que não têm duzentos couraçados, um Shakespeare, um Bank of England e a instituição do roast-beef... Neste caso do Brasil, o tom de protecção é raiado de simpatia...
Depois o artigo rompe de novo num hino: «A Natureza no Brasil não necessita do auxílio do homem para se encher de abundâncias e se cobrir de adornos!... Para seu próprio prazer planta, ela mesma, luxuriantes parques! E não há recanto selvagem que não faça envergonhar as mais ricas estufas da Europa...» Isto é decerto exacto: mas o Times, receando que os seus leitores viessem a supor que a Natureza do Brasil está de tal modo repleta, tão indigestamente atestada, que não permite, que se recusa com furor a receber no seu ventre empanturrado uma semente mais sequer – apressa-se a tranquilizá-los: «Mas (diz este sábio jornal judiciosamente) ainda que a Natureza dispense bem todo o trabalho do homem, que outros solos menos generosos requerem para se abrir em flores e frutos – não o repele todavia.» Isto sossega os nossos ânimos: ficamos assim certos que nenhum fazendeiro, nos distantes cafezais, ao atirar à terra, a terra-mãe, com a enxada fecundadora, a semente inicial, corre o risco atroz de ser por ela atacado à pedrada ou a golpes de bananeira... Nem outra coisa se podia esperar da doce e pacífica Ceres..
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Eça de Queiros in “Cartas de Inglaterra”
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CHAPÉUS HÁ MUITOS

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. Criação do irlandês Michael Leong
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POLITICAMENTE INCORRECTO

“A Segurança Social é uma vaca com 310 milhões de tetas”
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Alan Simpson
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Até para ser politicamente incorrecto se precisa de chama. Simpson, 78 anos, é conservador, foi senador Republicano, e é actualmente vice-presidente da comissão nomeada por Obama para estudar a redução do défice.

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コーヒー・ルンバ

Mika Agematsu: "Moliendo Café"

(Harpa paraguaia)

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S. MARCOS-DO-CAMPO-LES-DEUX-ÉGLISES

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. O Paco é iniciado no Candomblé.
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Em boa verdade, são todos iniciados no Candomblé.
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LOTUS EVORA S

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.Em Outubro a Lotus apresenta no salão de Paris o próximo modelo, Lotus Evora S. Com motor da Toyota de 6 cilindros em V colocado na retaguarda, tem 3.456 cc, potência de 350 cavalos, vai dos 0 aos 100 km/hora em 4,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 276 km/hora.
Entre outras novidades, um sistema para variar o barulho do escape, de modo a aumentar o “dramatismo” das acelerações e reduções. Não está mal, esta.
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CADA TENTATIVA CUSTA TRÊS PONTOS

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Lê-se na capa: Jesus insiste em Roberto - Treinador irritado com críticos internos do jogador espanhol.
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E lê-se a páginas tantas: Roberto ganha 150.000 euros por mês e a transferência custou 8,5 milhões.
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CRIATIVIDADE

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. Imagem do Diário de Notícias a ilustrar notícia sobre lapidação
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

JUSTIFICAÇÃO

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Hoje só apareço agora porque tive uma diligência no Alentejo com as personalidades fotografadas em cima. Tudo de primeira água! O senhor da direita estava, e está, bem de saúde. Só que tinha acabado de entrar em estado de Nirvana.
Naturalmente, com a presença de um delegado credenciado do Instituto de Socorros a Náufragos.

Quanto ao papagaio, é simpático e seria uma gracinha, não fosse o péssimo hábito de, insistentemente, dar vivas ao Sporting. Como é fêmea, é uma loura, o que explica a falta de discernimento.
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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

CORSÁRIOS EM SANTOS

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Vem aqui de molde o referir-vos que, quando a cidade de Santos já gozava de certa e relativa prosperidade, foi atacada, roubada, saqueada e incendiada pelos piratas ao mando de Thomas Cavendish: — Cavendish era o terror dos mares e das povoaçôes das costas americanas. O arrojado pirata inglês, cujos marinheiros vestiam trajos de seda, cujos navios abriam aos ventos velas de damasco, e desfraldavam no mastaréu, à carícia das brisas marítimas, bandeiras de pano tecido com fios de ouro, caiu violentamente sobre Santos, na ocasião em que seus habitantes assistiam á missa. Braz Cubas não perdeu a calma. Reuniu os seus mais valentes amigos e, à sua frente, tomou a ofensiva, avançando sobre os marinheiros invasores, que foram repelidos e atirados ao mar — Cavendish e os seus piratas recolheram-se a bordo de seus navios, sem que pudessem nada mais tentar.
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Eugénio Egas in “Os Portugueses no Brasil”
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CHARLOT

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O PEDRO CÉSAR SÓ TEM PROA...

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Coisa comum...

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A MARCHA FÚNEBRE

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Rui Ramos é um historiador cujas intervenções na imprensa e na televisão aprecio quase sempre. Colabora regularmente no Expresso e esta semana tem uma crónica que segere alguma reflexão. Escreve Rui Ramos o seguinte:

Relendo Alexandre Herculano, encontro esta frase: "A história do país é a condenação dos que nos têm governado". Em "As Farpas" de Eça de Queirós, tomo nota deste amontoado de traços tremendos: "Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos (...). A ruína económica cresce, cresce, cresce... O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo (...). E a certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o País está perdido!"
E finalmente, no prefácio da 3ª edição do "Portugal Contemporâneo", reconheço o esforço de Oliveira Martins para ser prático: "É sobretudo necessário atacar de frente os dois problemas fundamentais, o da economia pública do País e o das finanças do Estado, para de tal modo se poder travar a roda dos empréstimos e das importações excessivas, estabelecendo ao mesmo tempo o equilíbrio na balança económica do país e na balança do seu Tesouro".
Herculano escrevia em 1851, Eça em 1871 e Oliveira Martins em 1894. Podia aqui restituir os contextos, falar do começo da Regeneração, da crise de 1868-1871, do fim do fontismo. A questão, porém, não é a do enquadramento histórico dessas palavras, mas da sua aparente 'atualidade'.
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Mais abaixo, termina assim:
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Acreditar que nada muda pode justificar desalento, mas também tranquilidade. "O país está perdido!" Outra vez? Se foi sempre assim e ainda cá estamos, para quê inquietarmo-nos? Eça registou o efeito soporífico desse estado de sítio permanente: "Esta decadência tornou-se um hábito, quase um bem-estar, para muitos uma indústria". Mas só porque as palavras não mudaram, não quer dizer que as coisas sejam as mesmas. Talvez nos conviesse aprender a falar do que se passa de modo a sentirmos a sua novidade. Ficaríamos provavelmente menos sossegados.
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Estou de acordo com o cronista quando recusa o estado de alma de que estar o País perdido não vale preocupações porque sempre assim foi e ainda cá estamos. Lembremos que a monarquia do tempo de Herculano, Eça e Oliveira Martins acabou mal; deu lugar a uma república pior, cujas asneiras só foram remediadas pela ditadura agora amaldiçoada; e que esta desaguou noutra república, de opereta e manhosa, com todos os ingredientes para acabar no buraco.
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FINALMENTE!

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. Agora entendi!!: a República em Portugal é movida a gasolina com chumbo, de 95 octanas!
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FUTEBOL DE PRAIA

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Começa hoje o Campeonato Europeu de Futebol de Praia, em Lisboa, na zona de Belém, onde foi instalada uma praia artificial com muitos camiões de areia. O calendário dos jogos vê-se na última figura que pode aumentar clicando sobre ela.
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CAPA DO DIA

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. Além da França, Itália, Alemanha, Dinamarca e Suécia estão também a expulsar ciganos, a maioria da Roménia. Porque será?
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NEBLINA

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. A manhã dissipa a neblina nocturna do Tejo
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

KRUGMAN BLUES

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Loudon Wainright III canta a música que compôs sobre o vencedor do Prémio Nobel da Economia.
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PORTO

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. Torre dos Clérigos
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VELEIROS AMAINADOS

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. Porto de Kiel
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A MORTE DOS IMORTAIS

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.Desenho de 1882, por Thomas Shields, representando a interpretação do “Requiem” por Mozart e amigos, na véspera da sua morte.
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No dia 20 de Novembro de 1791, depois de um período em que compôs “A Flauta Mágica”, “La Clemenza di Tito”, o concerto para clarinete, uma cantata, e partes do “Requiem”, Mozart ficou de cama, prostrado, com mãos e pés inchados, vómitos e febre.
Em 4 de Dezembro, vários amigos visitaram-no e tocaram e cantaram parte do “Requiem” juntamente com o compositor. Na tarde desse dia, o estado agravou-se e foi chamado o médico, Dr. Thomas Closset, que lhe aplicou compressas frias na cabeça. Mozart terá tido convulsões e, uma hora depois da meia-noite, já a 5 de Dezembro, morreu. Tinha 35 anos.
No registo do óbito, na Catedral de Santo Estêvão (Figura ao lado), consta, como causa da morte, “Febre miliar grave”, diagnóstico descritivo que não corresponde a doença identificável. Por isso, não sabemos hoje de que morreu este imortal.
Há quem tenha dedicado parte da vida a investigar a causa da morte do compositor, mas não existe informação suficiente para tirar conclusões válidas. O médico francês L.R. Karhausen fez a revisão desses estudos em 1998 e registou 118 hipóteses já avançadas. As mais prováveis são a endocardite (infecção do coração), a septicemia, a tuberculose, hemorragia cerebral, insuficiência cardíaca, e pneumonia.
Mas mais triste do que não conhecer a causa da morte deste génio, é nem sequer saber onde param os seus restos mortais.
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FAZER O PERCURSO

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A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar.
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Erico Veríssimo
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CAPA DO DIA


Volto à materia, embora me pareça não ter ela importância para o fazer. Mas indigna-me que jovens mobilizados para uma guerra em que não foram tidos nem achados, como Lobo Antunes foi, e cumpriram com generosidade e coragem o que se lhes pediu, sejam descritos da forma ignóbil como o escritor fez. Repito o que disse, em entrevista a um jornalista, porque não é de mais fazê-lo: No meu batalhão éramos 600 militares e tivemos 150 baixas. (...) Eu estava numa zona onde havia muitos combates e para poder mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos. Uma arma apreendida ao inimigo valia uns pontos, um prisioneiro ou um inimigo morto outros tantos pontos. E para podermos mudar, fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres, homens.
Os ex-combatentes, em carta assinada pelo Presidente da Liga dos Combatentes, classificam as declarações de "insultuosas" e recordam que o batalhão do escritor esteve numa zona "de confrontos esporádicos" com o inimigo.
Posto perante a enormidade do que disse, o escritor não arrepia caminho e usa malabarismos de retórica para sair incólume da refrega que desencadeou, sem outra necessidade que não a de ser imprevistamente chocante. E diz em curto texto dirigido ao general Chito Rodrigues: Há uma falha no livro porque eu deveria ter dito que cada companhia teve 150 baixas ou que cada batalhão teve 600 baixas, tal como fiz no meu discurso na Batalha. Isto porque um pouco de todos nós, no melhor dos casos, morreu na guerra. Não se desce vivo de uma cruz.
O resto da carta que escreveu ao Presidente da Liga dos Combatentes é palha. Do que verdadeiramente indigna nas declarações feitas na entrevista, não fala; nem pode falar porque sobre isso só lhe resta retractar-se, dizer que as fez por puro exibicionismo intelectual, e apresentar desculpas a quem ofendeu. Mais nada.
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O HUMOR DE TIAGO MESQUITA

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Troca-se Roberto com poucos km por guarda-redes em bom estado.
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